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As Empresas Familiares são mais lucrativas ou são mais lucrativas porque são Empresas Familiares?



Nesta mistura de família com o negócio não é difícil encontrar pessoas que ainda fazem cara feia, que torcem o nariz ou que têm uma imagem negativa a respeito das empresas familiares. No entanto, esse preconceito é extremamente equivocado e merece destaque em relação à importância no cenário econômico.



Eis a questão!

Podemos considerar um consenso entre os autores na interpretação da empresa familiar, sendo aquela que envolve em torno de um núcleo familiar, ou, de vários núcleos familiares a direção dos negócios por meio do exercício de laços de parentesco e seus papéis de gerenciamento.

Fatores como os possíveis conflitos de interesses entre membros da família e as disputas de poder daqueles que exercem função na gestão do negócio; acabam distanciando talentos a desenvolverem uma carreira neste tipo de organização. As barreiras encontradas nos cargos mais elevados reservados para os que possuem grau de parentesco ou para os seus sucessores, também são considerados ponto de atenção.


Além de representar a maioria das organizações no Brasil e no Mundo, as empresas familiares também costumam apresentar melhores resultados econômicos, especialmente quando comparadas com outras organizações.


Enganam-se. No Brasil há empresas familiares de todos os portes e algumas pesquisas realizadas pelo FBN (Family Business Network) demonstrou a predominância dessas organizações em diversos países da Europa: Na Espanha, 85% das empresas são familiares; a França possui 83% dos negócios como familiares; na Alemanha o percentual fica em 79%; na Itália são 73% das empresas consideradas como familiares; e na Finlândia, o percentual sobe para 91%.

Há alguns anos, o IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativo-, fez uma análise de quinze empresas familiares de capital aberto e as comparou com a mediana da Bovespa; o resultado foi que esse grupo de empresas familiares mostrou ser, em média, maiores, mais valiosas, com maiores múltiplos de mercado, mais rentáveis operacionalmente, mais líquidas, pagadoras de maiores dividendos e mais solventes no curto prazo do que a mediana de todas as empresas listadas na Bovespa.


Para reforçar a relevância dessas organizações, algumas pesquisas demonstraram que as empresas familiares foram as primeiras a superar as últimas crises mundiais. Isto se deve ao fato deste tipo de negócio possuir maior agilidade na tomada de decisão e uma visão de mais longo prazo.


Tenho ampla experiência em Direito Empresarial ao ajudar os gestores das empresas familiares a perpetuarem o seu negócio jurídico. Portanto, da próxima vez que alguém fizer cara feia, torcer o nariz ou fizer algum comentário pejorativo sobre empresa familiar, lembre-se da importância dessas organizações no Brasil e no mundo.


Sobre a autora:


Rose Giacomin - advogada, escritora, professora e consultora. Autora de diversos artigos e livros. Como função social da carreira colabora como: «membro da Asociación Argentina de Justicia Constitucional; «Instituto de Estudios Politicos y del Estado; « Editor-chefe da Revista da Academia Brasileira de Direito Civil; « comitê avaliativo da Revista Síntese em Direito Empresarial da IOB e no «Conselho Empresarial de Educação da ACMINAS.

E-mail: diretorjuridico@rosegiacomin.com.br

 
 
 

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